Porto de Amsterdam

Ponto de partida da viagem de Emmerich Flatschart em 11 de novembro de 1925 a bordo do S.S. Gelria rumo ao Rio de Janeiro, Brasil. É o quarto porto mais movimentado da Europa e um dos mais importantes do mundo. Sua história remonta ao século XIII e teve seu período apogeu com a Companhia da Índias Ocidentais (1621-1792) que foi responsável pela expansão holandesa no mundo e pela colonização holandesa no nordeste brasileiro, notadamente em Recife e Olinda.


Filme do porto de Amsterdã feito em 1925

Emmerich obteve o visto de viagem no Consulado Brasileiro em Viena no dia 5 de novembro de 1925 e como embarcou dia 11 é pouco provável que teve tempo de “passear” em Amsterdam, mas talvez tenha passado em frente ao Rijksmuseum (Museu do Estado) em Amsterdã quando á caminho do porto. Nele estão obras importantes como A Ronda Noturna de Rembrandt além de trabalhos de Vermeer e Hals.

Amsterdam Rijksmuseum - 1925 - Domínio Público
Amsterdam Rijksmuseum – 1925 – Domínio Público

S.S. Gelria

S.S. Gelria é o navio que trouxe meu avô Emmerich Flatschart de Amsterdam para o Rio de Janeiro em 1925.

O S.S Gelria (S.S. é a sigla inglesa para Steam Ship, em portugês, Navio a Vapor) era uma embarcação da Koninklijke-Hollandsche Lloyd  ou em português antigo Companhia Lloyd Real Hollandez,
empresa com sede em Amsterdã criada em 1899.

Emmerich embarcou no Gelria em 11 de novembro de 1925 no porto de Amsterdam, conforme mostra sua passagem :

S.S. Gelria - Passagem de Emmerich Flatschart / Acervo pessoal
S.S. Gelria – Passagem de Emmerich Flatschart / Acervo pessoal

O Gelria foi construído em 1913, deslocando 13.868 toneladas de porte bruto, em um comprimento de 170 metros. Tinha alojamentos para quase 1.500 pessoas. Foi vendido em 1935 a uma empresa italiana e foi utilizado como navio transporte de tropas na guerra da Abissínia e, ocasionalmente, como um navio hospital. 

Fonte : Tok de História
S.S. Gelria – Fonte : Garfadas On Line
S.S. Gelria no Porto de Amsterdam em 1914
S.S. Gelria no Porto de Amsterdam em 1914 – Fonte
Ships Nostalgia

Veneza Americana é um longa-metragem 35 mm brasileiro produzido em Recife no ano de 1925. Neste filme (aos 00:07 min) é possível ver o Gelria no chegando no porto de Recife em Pernambuco. Mesmo ano que meu avô Emmerich chegou…

Veneza Americana – Filme de 1925 que mostra o SS Gelria chegando no porto de Recife.

Sankt Pölten e Hofstetten-Grünau

Aqui é talvez seja o principal celeiro “Flatschart”, a região de onde saíram muitos antepassados da conexão Lilienfeld/Brasil da família. Em Hofstetten-Grünau, um município no distrito de Sankt Pölten com menos de 3000 habitantes, achei os mais antigos registros comprovados da minha ascendência.

Na pequena Hofstetten-Grünau nasceu Franz (Franciscus) Flatschart (1749), meu hexavô, marido de Barbara Flatschart (geb.Zechling) e irmão de Maria Anna Flatschart (1751). Franz e Maria Anna eram filhos de Leopold Flatschart (1725), meu heptavô, casado com Catharina Flatschart.

Franz (Franciscus) Flatschart e Barbara Flatschart (geb.Zechling) tiveram pelo menos 2 filhos em Hofstetten-Grünau:

  1. Maria Theresia Flatschart (1779).
  2. Franz (Franziskus) Flatschart (1790), meu pentavô, casado com Maria Flatschart ∞ Grassman.

Franz sua esposa Maria tiveram pelo menos 7 filhos, todos nascidos em Hofstetten-Grünau :

  1. Anna Maria Flatschart (1813).
  2. Franz Johann Flatschart (1814).
  3. Leopold Flatschart (1816). 
  4. Magdalena Flatschart (1822).
  5.  Josepha Flatschart (1824). 
  6. Andreas Flatschart (1825) meu tetravô, casado com Maria Flatschart ∞ Reidinger, pai de Johann Flatschart (1852, meu trisavô.
  7. Barbara Flatschart (1827).

O nome Franz, Francisco em português , hora aparece grafado na forma alemã, Franziskus, outras vezes na forma latina Francisus.

Nos registros de batismo de todos eles consta apenas Grünau, o nome Hofstetten-Grünau foi adotado em 1996.

A primeira menção documental do lugar Hofstetten ocorreu como “Decimationem Vinearum ad Hovestetin” por volta do ano 1083. Em agosto de 1850, a comunidade de Hofstetten recebeu o nome de sua paróquia regional, Grünau. Em 15 de abril de 1996, passou a se chamar Hofstetten-Grünau.

Fonte : Wikipedia
Paróquia(Pfarrkirche) de Hofstetten Grünau  - BSonne - Eigenes Werk - CC BY-SA 3.0
Paróquia (Pfarrkirche) de Hofstetten Grünau – BSonne – Eigenes Werk – CC BY-SA 3.0
Músicos de Hofstetten-Grünau participando da Österreichisches Blasmusikfest 2013 em Viena - Weisserstier from Wien, Austria [CC BY 2.0]
Músicos de Hofstetten-Grünau participando da Österreichisches Blasmusikfest 2013 em Viena – Weisserstier from Wien, Austria [CC BY 2.0]

Hofstetten-Grünau fica a apenas 18 km de Lilienfeld e em toda região de Sankt Polten hoje ainda moram vários Flatschart.

Baden e Schönau an der Triesting

Schönau an der Triesting é uma cidade no distrito de Baden na Baixa Áustria onde nasceu Johann Flatschart (1852-?) e seu irmão Andreas Flatschart (1854). Johann é pai de Heinrich Flatschart (1880–1918), portanto avô de Emmerich Flatschart (1906-1952) e meu trisavô !

Schönau an der Triesting, Strauß-Villa  —Earnest B— 15:28, 10. Mai 2010 (CEST) [CC BY-SA 3.0]

Schönau an der Triesting, Strauß-Villa —Earnest B— 15:28, 10. Mai 2010 (CEST) [CC BY-SA 3.0]

Baden é o mais populoso distrito da Áustria do país, e é famoso por suas fontes termais e pela produção de vinho.

Em junho de 1924, Emmerich Flatschart estava hospedado em um Hotel em Baden quando recebeu um cartão de seu futuro cunhado Heinrich Rypacek, que se casaria com Anna Flatschart (1909-1990) em 1936.

A frente do cartão mostra Lilienfeld no verão (Villa Mucha Sommerfrische Lilienfeld im Traisentale).

Villa Mucha Sommerfrische Lilienfeld im Traisentale - !924 - Flatschart
Acervo Pessoal

E no verso algumas palavras de Heinrich para Emmerich grafado Emrich, uma forma abreviada demonstrando a proximidade dos dois.

Villa Mucha Sommerfrische Lilienfeld im Traisentale - !924 - Flatschart
Acervo Pessoal

Schönau an der Triesting fica cerca de 60 Km de Lilienfeld e a apenas 40 km de Viena.